George Foreman, lenda do boxe, morre aos 76 anos
Nascido em 10 de janeiro de 1949, em Marshall, Texas, Foreman teve uma infância conturbada. Cresceu em um ambiente de dificuldades e envolvimento com pequenos delitos, mas sua vida mudou quando entrou para um programa social que oferecia treinamento profissional. Foi ali que conheceu Doc Broadus, treinador de boxe que viu seu potencial e o levou ao esporte.
Sua ascensão foi meteórica. Com apenas 19 anos, conquistou a medalha de ouro na Olimpíada de 1968, na Cidade do México. Em 1973, aos 24, alcançou o auge ao vencer Joe Frazier por nocaute técnico e se tornar campeão mundial dos pesos-pesados. No ano seguinte, protagonizou a lendária “Luta na Selva” contra Muhammad Ali, diante de 60 mil pessoas no Zaire. Favorito, Foreman acabou derrotado por nocaute no oitavo round, em um dos confrontos mais marcantes da história do boxe. Anos depois, ele e Ali desenvolveram uma forte amizade.
Após uma inesperada derrota para Jimmy Young em 1977, Foreman teve uma experiência espiritual e decidiu se afastar do boxe, tornando-se pastor e fundando sua própria igreja. No entanto, dificuldades financeiras o levaram a um retorno surpreendente aos ringues em 1987, aos 38 anos. Demonstrando resiliência, acumulou 24 vitórias seguidas, incluindo uma sobre o brasileiro Maguila, em 1990, em uma luta realizada em Las Vegas. Foreman venceu por nocaute técnico no segundo round, consolidando sua volta aos ringues. Em 1994, aos 45 anos, nocauteou Michael Moorer e recuperou o título mundial, tornando-se o campeão mais velho da história dos pesos-pesados. Encerrou a carreira em 1997, com 76 vitórias em 81 lutas.
Fora dos ringues, Foreman se destacou no mundo dos negócios, tornando-se um empreendedor de sucesso. Seu produto mais famoso, o “George Foreman Grill”, vendeu milhões de unidades pelo mundo. Em 2022, o ex-boxeador foi acusado de estupro por duas mulheres, que alegaram que os crimes ocorreram na década de 1970. Foreman negou todas as acusações.
Casado desde 1985 com Mary Joan Martelly, deixa 12 filhos, cinco deles com seu nome, George, e uma chamada Georgetta. Até seus últimos dias, seguiu pregando em sua igreja e preservando seu legado como um dos maiores nomes da história do boxe.
